Tipos de mãe: A sócio minoritária

*** Mãe,essa criatura plural

Muitas podem se identificar, em maior ou menor grau,com esse tipo. Os casos mais prolongados se iniciam já durante a gestação: bastou um beta positivo e,pronto, já tem muito mais cacique que índio! Mãe, sogra, cunhada, uma delas ou todas: sempre tem alguém com a certeza de saber melhor do que você o que fazer com este bebê. Você ali,planejando um quarto mais moderno,com cores quentes, e seu marido liga: ¨amor, mamãe comprou um conjunto de berço rosa!¨. O que fazer,se a felicidade dele vai custar varias vezes a sua?

Ahhhh,a escolha do nome. Menino? ¨Deveriam colocar o nome do pai,escolhi um nome tão bonito pra ele¨. Menina? ¨Minha mãe era Úrsula Isaura, não seria uma homenagem linda?Se tivesse uma filha mulher,teria colocado,era meu sonho,blablabla¨. A sócia minoritária deve ter muito cuidado ao ceder neste aspecto: o nome do seu filho não é decoração de quarto ou roupinha. Você vai ter que usa-lo pelo esto da vida!

Aliás,voltando aos presentes, a sócia minoritária está destinada a receber tudo o que não quer. Fraldas de marca indesejada, roupas absurdas em termos de bom gosto e qualidade,objetos antiquados e fora de uso,caixas daquelas mamadeira que contém bisfenol...Questões como uso de mamadeira e chupeta,por exemplo,não lhe serão nem perguntadas,afinal as outras sócias são experientes,já criaram filhos que estão fortes e crescidos, sabem muito bem o que é bom para um bebê. E é a ponta do iceberg: é melhor parto assim ou assado, esse colchão é duro para o bebê, seu obstetra é muito jovem para saber o que está fazendo, essas suas amigas gravidas são todas umas maluquinhas.

As vezes não é caso de tirania,e sim de não saber o limite. Geralmente,a avó materna, numa ânsia enorme de ajudar. Primeiros dias do bebê, lá está aquela ajuda (bendita?) na sua casa. Banho é com água fervida, bebê se sente mais confortável de bruços, tem que bater nas costas pra arrotar, pode resfriar com essa roupa tão fresquinha. Será que você não deveria evitar comer isso?Pode dar cólicas nele!


Grite alto: chega! Agradeça as boas intenções, diga que você se interessa em ouvir opiniões,mas que cabe aos novos pais errar e acertar na criação desse bebê. Fazer as próprias escolhas, ser tradicional ou moderno quando quiser. Elas têm e tiveram sonhos,sem dúvida. Mas também já tiveram a vez dela: agora é a sua. Assuma essa sociedade e diga algo: tem muito cacique pra pouco índio,e neste aqui quem manda sou eu!

Farda?!? Já?? E a fralda?? (ou Não é mais um manual para escolher uma escola)

                                                                                                                           por Vanessa Guerreiro

Hoje me peguei mergulhada em conversas surreais: proposta pedagógica, melhor turno, idade certa para matricular. Alguma vez você pensou que tinha tanta ciência envolvida na escolha do famoso ¨maternalzinho¨? Eu não estava pronta pra isso!
Desde discursos socioantropológicos pomposos, com Piaget e colegas, até neomodismo como ¨educação evangélico-libertadora¨ já passaram pelos meus olhos hoje de manhã.

Mas minha real preocupação começou quando li em determinado site de escola: ¨horário: 7:20 às ...¨. Oi? Como faço meu bebê de 1 ano e meio ter se alimentado, tomado banho,arrumado as coisas e vestido, e JÁ estar numa escolinha às 7:20??

E a fralda? Como vai ser isso da fralda? Tenho que tirar tão cedo? Ele nem fala e já vai conseguir fazer isso sozinho? Ou vou ficar super preocupada com a possibilidade dele estar ficando sujo, de ter enormes assaduras?

E se ele quiser cochilar?E se? E se também?
São tantas as perguntas.

E surgem mais e mais, a medida que não admitimos um problema das mães: clamamos por liberdade,mas não queremos nos separar dos pequenos. O problemão que é saber que,por melhor que cuidem do seu filho, nunca será tão bom quanto nós faríamos...e queremos,apenas,isso para nossos bebês:o melhor.

Mas não queremos que eles socializem? Que descubram que delícia que é sentar numa areia com baldinho,pá e forminha e fazer aqueles graozinhos ganharem forma? Não estamos ansiosas pela fardinha cheia de tinta e aquele papel 40kg com uma enorme mancha colorida, a qual ele insiste se tratar da ¨mamã¨?
  


Eu anseio..e temo. Tememos perder esse elo,onde somos a coisa mais importante na vida dele. Aliás,somos tudo! alimento,porto seguro,playground,acalanto,colo e o que ele sonhar. Não queremos dividir a atenção com os amiguinhos,o parquinho,a tia da escola.

E precisamos.

Então, vou começar por algo que sempre me ajuda:intuição. Já li algumas coisas e já sei o mais importante:o que eu não quero numa escola. Eliminadas as que se encaixam nessa categoria, vou conhecer as mais próximas de mim que figurem entre as opções de maior interesse. E fazer o principal: visitar e ver o que sinto. Mãe tem um quê de bruxa, de adivinha, de sensitiva, sempre sente se ¨algo¨ não parece bem.

Vou lá,com esse coração de mãe ciumenta e os olhos mais críticos do mundo. E pedindo a Deus que eu me sinta ansiosa por ver meu filho brincando numa dessas piscininhas de areia!

¨Como eu faço para esse bebê dormir?!?¨

                                                                                      *colaboração/autoria de Anna Paula Farias

A dificuldade em colocar um bebê pra dormir quando ele tem dificuldade em dormir. Bizarro? Não para quem passa pela experiência...
Nos dois primeiros meses, penei loucamente para colocar meu filho para dormir... Sempre era uma luta, principalmente por que amamento ele e nunca deixei ele me fazer de chupeta humana para dormir, e ele não pegava a chupeta de jeito nenhum... Não vou negar que teve um dia que ele chorou tanto que cheguei a achar que ele estava com cólicas (e minha mãe saiu que nem doida atrás do remédio de cólica quase meia noite). E tudo era só sono...
Sim, querida futura mamãe, saiba que pode existir um choro forte, alto e doloroso de ouvir que significa apenas uma coisa: sono.
Leves batidinhas na bunda não resolvem. Você tem que colocar o bebe no colo e sair andando ou balançando ele no seu colo. O choro do sono é caracteristico, e basta você começar a entender esse chorinho...
Queria que meu filhote tivesse a mesma facilidade que minha sobrinha tem para dormir.
E olhe que eu tenho a oportunidade de ter a certeza que meu filho briga pra dormir (imagina se eu não soubesse disso e toda vez que ele chorasse, eu achasse que fosse cólica??).
Já leu que rotina funciona para colocar o bebê pra dormir? Acredite piamente!! É o que está dando certo aqui em casa ultimamente.
Vejo mais ou menos o horário que ele anda dormindo ultimamente e começo o ritual: banhozinho morno com o sabonete da jonhson para a hora de dormir, coloco o pijaminha dele, ar condicionado ligado, conversa baixinha no pé do ouvido e ele adormece...
Ah, U2 para bebês ajuda também...

¨Aproveita para dormir enquanto ele não nasce!¨

Olha, conselho bem dado é esse que toda grávida já ouviu inúmeras vezes: ¨aproveite agora para dormir, porque depois que ele nascer você não poderá mais¨. Verdade. Pena que sono não é coisa que a gente possa acumular para descontar quando precisa,né?
O sono do bebê é um capítulo bem a parte mesmo. Agora mesmo, 23:55, enquanto escrevia, meu filho acordou porque a chupeta caiu da boquinha enquanto dormia. Cada bebê tem suas manias, e nos pegamos achando que vamos habituar a dormir só no escuro, no próprio berço, adormecer sozinho sem ninguém embalar e outras coisas que ¨dizem que é bom¨.
Esqueceram de te avisar algumas coisas também: você não vai querer que esteja escuro cada vez que for verificar se ele está mesmo respirando, o berço que está no lindo quarto do bebê geralmente vai contra a praticidade (já explico) e ver aquele bebezinho choramingando no berço porque quer um colinho derrete qualquer mãe. Ou quase todas.
Nos primeiros dias, a maior parte deles dorme pouco e o tempo todo. Acorda,come, troca fralda, dorme. E repete. Muitas mães acabam não conseguindo aproveitar as dormidas diurnas do bebê, porque a casa está movimentada, por causa das visitas, porque têm outras coisas pra cuidar, cada qual com sua razão. O problema é que aquelas 3 horas (se muito), somadas, que você dorme durante à noite não dão para nada!
E aí entram os inimigos do berço oficial: carrinho e berço portátil. Você,que mal dorme, não vai aguentar ainda ter que levantar todas as vezes que ouvir um ruído esquisito na babá eletrônica. Sem falar as horas que cismamos de vê-los, mesmo sem ruídos ou razão.
Você vai acabar levando ele para dormir no seu quarto. Definitivamente. Mas não se desespere,tenho boas notícias: ele vai começar a dormir mais durante a noite, ficar mais acordado durante o dia e, alguns, até dormem a noite toda.
O meu dorme a noite toda. Oba??? Ainda não. Ele adormece com a chupeta e, quando está ferrado no sono, a solta. Por volta das 4 horas da manhã, começa o choramingo dormindo, atrás da chupeta. Se contorce, vira a boquinha para o travesseiro, busca por ela em todos os lugares. Eu sei que, se não der, ele vai acordar. Quem quer arriscar ouvir um ¨agu¨ e ver um sorrisão de quem quer brincar em plena madrugada?
Então começa o ¨bota chupeta - deita- levanta-bota chupeta¨. Você vai cansar e cometer o próximo pecado capital, o que você seeempre disse que não ia fazer: vai trazer o pequeno para a sua cama. É mais fácil recolocar a chupeta com ele ali,do lado. Já tentei, quando ele parecia profundamente adormecido, levar de volta ao berço. Imediatamente, começa o contorcionismo e o choro. Parece que tem um alarme de berço.
Mas é melhor do que o início. Garanto que é!
Uma dica valiosa: se sua mãe for ficar uns dias, e dormir no quarto do bebê, deixe a vovó vigiando o sono dele e vá dormir.Melhor alguém ter descansado do que ninguém, certo? A tentação é grande, tem uns ciumes, uma nóia de mãe de que ela não irá te acordar e vai dar a nefasta mamadeira pra ele (fala sério, a gente pensa sim! Nossa mãe cheia de pena de nos ver com sono? achamos meeeesmo que ela vai dar a tão temida mamadeira). Mas me ouça: implore que ela lhe acorde para dar de mamar e VÁ DORMIR.
Amanhã é (sempre) outro longo dia, seguido de outra longa noite.
Sua experiência pode variar em uma coisa ou outra, mas não vai ser muito diferente.E você não vai dormir muito mais do que isso. Mas, agora, com um bebê de quatro meses, eu te digo: vai ficando,aos poucos,melhor.

Bons - curtos-sonhos,mamães!

Pelo bem de todos: deixe o marido participar!

Quando a gente recebe aquele ser tão pequenino,a sensação de responsabilidade e de posse é enorme. Você sente que ele só depende de você, afinal como ele vai comer sem você? Como teria sido sem você carregando essa criaturinha amada por nove meses?

E você já brincou de boneca, assistiu muito ¨história de um bebê¨ no discovery, fez curso de puericultura e amamentação, assinou revista de bebê, leu todos os livros sobre cuidados com seu filho, visitou bebês de amigas e tem ouvido conselhos sobre o que fazer desde que seu exame deu positivo.E ele?

Ele já largou em desvantagem na corrida para cuidar desse bebê. Sem falar que,quando vem a mãe de alguém ajudar, geralmente é a sua. Desvantagem em dobro, são duas contra uma e o coitado não pode sequer chegar perto. Você quer confiar,mas acha que é cedo. Vai adiando, adiando e, quando o cansaço não dá uma trégua, você se lembra que ele não pode ajudar nesse momento, pois você não deu oportunidade para que ele aprendesse nada.

E aquelas 2 horas que você passa na cama durante a noite? Com aquele homenzão ali do lado, dormindo o sono dos justos? Nessa hora, você vai ter raiva do seu marido, vai achar que é injusto, que ele só soube ajudar a fazer. Vai começar a repetir o bordão: ¨ser pai é muito bom¨, ¨ser pai é muito fácil¨.

Não é não. A companheira dele se foi, deu lugar àquela criatura de olheiras enormes e olhar louco, que não deixa ninguém cuidar do filho mas que está precisando muito de um banho, um sono, um xixizinho, um copo com agua. Ele não teve a experiência da gestação tão forte quanto você, e se sente meio ¨por fora¨. Quem não teve seu corpo tomado e invadido, controlado por uma gravidez, acaba tendo ciumes e estranhando aquela criaturinha que rouba toda atenção e espaço.

Eles sentem um pouco de ciumes, se sentem escanteados, querem participar e não sabem como. Vão ficando triste, distantes, se sentem inúteis. Faz um mal danado ao casamento manter o pai  ¨sem qualificações pra cuidar de um bebê¨ distante. E, principalmente, aos laços que ele precisa criar com esse nenezinho.

A sogra é um capítulo a parte. Essa ,por melhor que seja, fica no meio do casal. Tira os momentos em que seu marido estaria se revesando com você. Quando você menos espera, ela está entrando no quarto sem bater e seu marido já não sabe mais nem se o banheiro ainda é dele. É uma ajudonaaaa, uma mão na roda, mas não prolongue demais. Aprendeu a dar banho,alimentar, se recuperou do parto? Então interrompa e deixe que seu marido seja o companheiro.

E você vai amar ver aquele homenzão todo derretido com um bebezinho, conversando sobre aquela soma de vocês dois.

A moça da foto me enganou...

Quando estava grávida eu acreditava na moça da foto. A moça de cabelo arrumado, sem olheiras, sorridente,que amamenta elegantemente, de forma tão natural e sem dificuldade.
Aliás, achava que, bastava querer e pronto: eu seria a moça da foto.

Amigas desavisadas, sinto informar que não basta querer. Tem que ser uma super mulher.
Durante a gestação, depois de minha experiência no banco de leite do imip orientando tantas mães, de muito ler e reler,de esfregar esponja no mamilo no banho, puxar e puxar o pobre mamilo, passar creme com lanolina dois meses antes do parto, achei -mesmo- que ia tirar de letra.
Achei que iria bem linda e etérea sentar na cadeira de balanço lindíssima do quarto do betinho e,pronto, amamentar como quem toma um copo de coca-cola.Não foi.
Na maternidade, só ouvi elogios. Que a pega era maravilhosa, que nunca tinham visto uma mãe de primeira viagem com tanto jeito pra coisa, que eu nem precisava da visita do banco de leite. Mas,já na última noite de internação, o pequeno chorando sem parar, a mãe chorosa aqui chamou a moça do berçário.
-Ele só chora,eu já coloquei no peito, já mudei de peito,já fiz de tudo e ele só chora.
-Quem é a médica dele?
-Dra fulana.
-Ela libera complemento. Vou dar um Nan pra ele e já trago ele de volta.
Ela mal fechou a porta e eu cai em prantos.Meu filho,com menos de 48h ia tomar Nan???Que mãe era eu??? Depois do nan e umas poucas horas de sono, voltei firme para o batente da amamentação. Mas já saímos da maternidade direto para a farmácia. Nossa sábia pediatra disse: compre uma lata de similac,só pra ter em casa, pois é melhor que em determinada noite, quando a dificuldade for grande, você dê o leite e volte a amamentar descansada no outro dia,do que você abandonar a amamentação. Fiz, comprei o bendito.
Chegando em casa começou uma nova fase de choro: bicos feridos. Aquele peito ficando enorme, cheio de leite depois da apojadura, com aquela febre e os calafrios caracteristicos. Ninguém te avisou?É,geralmente é assim.
Então lá está você, com os seios doendo de morrer de tanto leite, os bicos feridos, uma criaturinha que não mama tão rápido quanto você produz e, quando mama, te causa uma dor que te entristece. Ninguém quer sentir dor amamentando, você quer sorrir e olhar seu filho. Mais os bicos feridos fazem doer muito, e você deseja secretamente acabar com aquilo tudo.
Mas não pode, você sabe que é importante,que precisa amamentar. Você quer amamentar. Enviei,então,meu marido para comprar uma bomba eletrônica.Que alívio. Eram potes e potes de leite tirados, e o pequeno alimentado na mamadeira. Mas,confesso, que eu não podia, não ousava deixar que ninguém desse mamadeira pra ele. Tinha que ser eu. Então era mamadeira, peito, mamadeira, peito. Mas sempre leite materno. Quando achava que o leite ameaçava escassear, colocava o pequeno só pra mamar ao seio e logo a coisa melhorava.
Mas ao fim de dois meses, ele já estava apegado à sua mamadeira. E agora?

E agora que ele passou cada vez mais para o complemento.O mesmo complemento que,em 2 meses, ele havia tomado 5 vezes.Se irritava com o seio, não queria, se debatia. A mamadeira era o que acalmava ele. E o leite,ah o leite...o leite se foi. Então ele passou a se alimentar só de fórmula.
Lembro como estava nervosa,com vergonha de contar pra pediatra...e como ela me tranquilizou. ¨Olha, amamentar é importante. Mas essencial é alimentar o seu filho. Ele está desenvolvido, ganhando peso muito bem. Se a amamentação não deu certo,paciência. Mas você está fazendo o que é mais importante,que é alimentar ele¨.


E desencanei. Então queria dizer pra você,que vai amamentar: coragem minha amiga. Faça tudo pra dar certo. Mas, se não der, não se desespere. As pessoas que tanto nos cobram a amamentação, não sabem as dificuldades que cada uma enfrenta. É importante? É. Mas o essencial mesmo é você alimentar o seu filho.

E isso,eu tenho certeza, você fará muito bem.

Tensão pré-saida.

Eu confesso:sou uma mãe tensa. Na dúvida, levo um leite pronto e 3 doses de leite. Quatro chupetas,roupa reserva, até toalha de banho. Hoje fiquei logo tensa: descobri que o adorável beagle que criamos conseguiu pegar,Deus sabe aonde, o prendedor de chupeta. E,claro,destruiu.Me bateu logo uma ansiedade: ¨como vou levar esse bebê para reveillon sem prendedor de chupeta? Elas vão ficar caindo no chão. Quando todas estiverem sujas,o que diabos eu vou fazer?¨

Não tem jeito,eu ainda não cheguei na época de relaxar. Tem mãe que relaxa, passa uma água na chupeta e ¨tá nova¨. Eu não...se todas estiverem sujas, corro para casa! Restaurante? ¨Amor,telefona e pergunta se tem trocador pra bebê¨.

Queria mesmo ser uma mãe mais relaxada. Mas eu vou, com o coração na mão,para esse reveillon, rezando para as chupetas serem suficientes. Mas,antes,passo na farmácia pra ver se vendem o bendito prendedor de chupetas...

Sou mãe de menino!

Outro dia conversando sobre crianças e afins com minha cunhada- que ainda não tem filhos- ouço ela dizer que quer ter uma menina, porque não sabe cuidar de menino. Pois sou mãe de menino, e vou te dizer: adoro. Adoro não ter que ficar paranóica de limpar sempre da frente para tás nas trocas de fralda, adoro os brinquedos de menino, amo não ter que enfeitar cabelo, vou amar não ouvir choro porque alguém quer baile de debutantes e ainda mais não ter que pagar festa de casamento. Gosto de pensar nele jogando futebol, videogame, participando das olimpíadas do colégio, imitando o jeito do pai de se vestir.

Gosto mesmo é da idéia de que sou responsável por criar um homem digno, decente, gente. Sim,pois sou mãe de menino,mas estou criando um homem. Quero criar um homem que possa ser responsável,consigo mesmo e com os outros. Que trate bem a namoradinha, que entenda que palavrão é coisa que escapa vez ou outra mas não é bonito na boca de ninguém: de menino ou menina.

Acho bonito quando vejo uma menininha, as possibilidades infinitas de vestidos e acessórios, as bonecas e ensinar a ela o que minha avó me ensinou sobre ser menina. Mas gosto mesmo disso: de estar criando um menino que - se depender dos pais aqui-vai ser um grande homem!

Resoluções de ano novo

Me dei conta de que minhas resoluções de ano novo são mais para o meu filho do que para mim. Quero tirar a chupeta, ensinar a gostar de novos sabores, a dormir com barulho, desacostumar a dormir colado comigo da minha cama. São tantos os planos!
Acho que a resolução de ano novo de toda mãe é ¨esse ano, vou ser a melhor das mães¨. E a gente se encana, se cobra, entra nessa de querer fazer o impossível. Se culpa, se frustra, se cansa. Pensando bem, quem foi que disse que tenho que tirar essa chupeta? E porque é errado ele dormir comigo?
Vivemos na época dos especialista, e eles dizem que é bom fazer isso ou aquilo. E a gente se cobra tanto pra conseguir...

Mas minha resolução de ano novo é essa: vou ser a melhor mãe possível. Vou fazer tudo que for possível, que estiver ao meu alcance. Isso,sim,eu vou fazer, garanto! O resto, Deus me perdoe, mas tenham paciência...já é tão difícil ser mãe de verdade em tempo de crianças cuidadas por babá, porque nos enlouquecermos correndo atrás do impossível?

Feliz ano novo mães!!!