quinta-feira, 19 de julho de 2012

Farda?!? Já?? E a fralda?? (ou Não é mais um manual para escolher uma escola)

                                                                                                                           por Vanessa Guerreiro



Hoje me peguei mergulhada em conversas surreais: proposta pedagógica, melhor turno, idade certa para matricular. Alguma vez você pensou que tinha tanta ciência envolvida na escolha do famoso ¨maternalzinho¨? Eu não estava pronta pra isso!
Desde discursos socioantropológicos pomposos, com Piaget e colegas, até neomodismo como ¨educação evangélico-libertadora¨ já passaram pelos meus olhos hoje de manhã.

Mas minha real preocupação começou quando li em determinado site de escola: ¨horário: 7:20 às ...¨. Oi? Como faço meu bebê de 1 ano e meio ter se alimentado, tomado banho,arrumado as coisas e vestido, e JÁ estar numa escolinha às 7:20??

E a fralda? Como vai ser isso da fralda? Tenho que tirar tão cedo? Ele nem fala e já vai conseguir fazer isso sozinho? Ou vou ficar super preocupada com a possibilidade dele estar ficando sujo, de ter enormes assaduras?

E se ele quiser cochilar?E se? E se também?
São tantas as perguntas.

E surgem mais e mais, a medida que não admitimos um problema das mães: clamamos por liberdade,mas não queremos nos separar dos pequenos. O problemão que é saber que,por melhor que cuidem do seu filho, nunca será tão bom quanto nós faríamos...e queremos,apenas,isso para nossos bebês:o melhor.

Mas não queremos que eles socializem? Que descubram que delícia que é sentar numa areia com baldinho,pá e forminha e fazer aqueles graozinhos ganharem forma? Não estamos ansiosas pela fardinha cheia de tinta e aquele papel 40kg com uma enorme mancha colorida, a qual ele insiste se tratar da ¨mamã¨?
  


Eu anseio..e temo. Tememos perder esse elo,onde somos a coisa mais importante na vida dele. Aliás,somos tudo! alimento,porto seguro,playground,acalanto,colo e o que ele sonhar. Não queremos dividir a atenção com os amiguinhos,o parquinho,a tia da escola.

E precisamos.

Então, vou começar por algo que sempre me ajuda:intuição. Já li algumas coisas e já sei o mais importante:o que eu não quero numa escola. Eliminadas as que se encaixam nessa categoria, vou conhecer as mais próximas de mim que figurem entre as opções de maior interesse. E fazer o principal: visitar e ver o que sinto. Mãe tem um quê de bruxa, de adivinha, de sensitiva, sempre sente se ¨algo¨ não parece bem.

Vou lá,com esse coração de mãe ciumenta e os olhos mais críticos do mundo. E pedindo a Deus que eu me sinta ansiosa por ver meu filho brincando numa dessas piscininhas de areia!

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