segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Pelo bem de todos: deixe o marido participar!

Quando a gente recebe aquele ser tão pequenino,a sensação de responsabilidade e de posse é enorme. Você sente que ele só depende de você, afinal como ele vai comer sem você? Como teria sido sem você carregando essa criaturinha amada por nove meses?

E você já brincou de boneca, assistiu muito ¨história de um bebê¨ no discovery, fez curso de puericultura e amamentação, assinou revista de bebê, leu todos os livros sobre cuidados com seu filho, visitou bebês de amigas e tem ouvido conselhos sobre o que fazer desde que seu exame deu positivo.E ele?

Ele já largou em desvantagem na corrida para cuidar desse bebê. Sem falar que,quando vem a mãe de alguém ajudar, geralmente é a sua. Desvantagem em dobro, são duas contra uma e o coitado não pode sequer chegar perto. Você quer confiar,mas acha que é cedo. Vai adiando, adiando e, quando o cansaço não dá uma trégua, você se lembra que ele não pode ajudar nesse momento, pois você não deu oportunidade para que ele aprendesse nada.

E aquelas 2 horas que você passa na cama durante a noite? Com aquele homenzão ali do lado, dormindo o sono dos justos? Nessa hora, você vai ter raiva do seu marido, vai achar que é injusto, que ele só soube ajudar a fazer. Vai começar a repetir o bordão: ¨ser pai é muito bom¨, ¨ser pai é muito fácil¨.

Não é não. A companheira dele se foi, deu lugar àquela criatura de olheiras enormes e olhar louco, que não deixa ninguém cuidar do filho mas que está precisando muito de um banho, um sono, um xixizinho, um copo com agua. Ele não teve a experiência da gestação tão forte quanto você, e se sente meio ¨por fora¨. Quem não teve seu corpo tomado e invadido, controlado por uma gravidez, acaba tendo ciumes e estranhando aquela criaturinha que rouba toda atenção e espaço.

Eles sentem um pouco de ciumes, se sentem escanteados, querem participar e não sabem como. Vão ficando triste, distantes, se sentem inúteis. Faz um mal danado ao casamento manter o pai  ¨sem qualificações pra cuidar de um bebê¨ distante. E, principalmente, aos laços que ele precisa criar com esse nenezinho.


A sogra é um capítulo a parte. Essa ,por melhor que seja, fica no meio do casal. Tira os momentos em que seu marido estaria se revesando com você. Quando você menos espera, ela está entrando no quarto sem bater e seu marido já não sabe mais nem se o banheiro ainda é dele. É uma ajudonaaaa, uma mão na roda, mas não prolongue demais. Aprendeu a dar banho,alimentar, se recuperou do parto? Então interrompa e deixe que seu marido seja o companheiro.

E você vai amar ver aquele homenzão todo derretido com um bebezinho, conversando sobre aquela soma de vocês dois.

Um comentário:

  1. Aqui em casa o pai participa ativamente!!! Como Cecília ainda acorda pra mamar, pelo menos 2 vezes por noite, pela manhãs, aos finais de semana, Allan levanta cedinho e vai passear com ela pra q eu possa dormir mais um pouco, além de trocar fralda a qq hora.
    Essa ajuda é muito bem vinda!!!

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